Antes de comprar o próximo cosmético, você já investiu em si mesma?Assunto 1

Vivemos em uma época em que o autocuidado foi transformado em sinônimo de consumo.

A cada rolar de tela, surge um novo produto “indispensável”: o sérum milagroso, o creme antirrugas, o shampoo que promete restaurar a sua autoestima.

Mas, afinal — será que cuidar de si mesma significa apenas comprar?

Essa é uma reflexão essencial, porque a maioria das mulheres que chegam até mim, seja na psicoterapia ou pela Comunidade A Saúde da Mulher, carrega a sensação de estar sempre “devendo algo a si mesma”.

E quase sempre, essa dívida é paga com um produto novo, e não com um investimento real no próprio bem-estar.

A armadilha do consumo como solução emocional

A indústria da beleza aprendeu a falar com as nossas emoções.

Ela entende exatamente como o cérebro reage à dopamina — o neurotransmissor do prazer e da motivação — e transforma isso em gatilhos sutis:

“Compre agora.”

“Você merece.”

“Cuide de você.”

A verdade é que, muitas vezes, o que buscamos ao comprar um cosmético não é a beleza, mas o alívio.

Um alívio momentâneo para a insatisfação, o estresse ou o vazio que a rotina traz.

É como se, por alguns segundos, aquele batom, perfume ou hidratante pudesse substituir o abraço que faltou, o reconhecimento que não veio, ou o descanso que foi adiado há meses.

Mas o efeito é passageiro.

Assim como uma dopamina rápida, o prazer da compra desaparece, e a sensação de incompletude volta — mais forte e mais cara.

A Psicologia por trás da Autoestima

Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), entendemos que autoestima não é uma emoção, mas um processo cognitivo.

Ou seja: ela nasce da forma como você interpreta a si mesma — e não apenas daquilo que você vê no espelho.

Quando você pensa:

“Eu só vou me sentir bem se emagrecer”,

“Eu preciso ter essa pele perfeita para me sentir bonita”,

“As outras mulheres parecem ter mais disciplina que eu…”

Seu cérebro cria conexões reforçadas entre autovalor e aparência.

E quanto mais essas conexões são alimentadas, mais distantes você fica de um autocuidado verdadeiro, aquele que nasce do respeito e da consciência sobre o próprio corpo.

Investir em si é mais do que consumir: é se nutrir de conhecimento e propósito

Antes de comprar o próximo cosmético, experimente se perguntar:

“Isso é um desejo passageiro, ou uma necessidade real do meu autocuidado?”

Investir em si mesma pode significar muitas coisas:

  • Ler um livro que te ensine sobre suas emoções;
  • Participar de uma comunidade de apoio psicológico, onde você possa ser ouvida;
  • Fazer uma caminhada ao ar livre e sentir o corpo respirando;
  • Aprender a cozinhar alimentos que alimentam o cérebro, e não só o estômago;
  • Praticar silêncio e descanso, sem culpa.

Essas ações não custam o mesmo que um frasco de creme, mas constroem algo muito mais caro: identidade emocional.

Aquela sensação profunda de saber quem você é — mesmo sem filtros, maquiagem ou likes.

O autocuidado que cura vem de dentro

É claro que não há problema em querer cuidar da pele, usar bons produtos ou se sentir bonita.

Mas o convite aqui é para que o consumo não seja o ponto de partida, e sim uma consequência natural de quem se sente bem.

Antes de investir em algo que promete transformar a sua aparência, pergunte:

“Isso também transforma a minha consciência?”

Porque cuidar de si também é:

  • Escolher o que ler,
  • Com quem se relacionar,
  • O que alimentar — no prato e na mente.

O espelho pode até refletir o que você compra, mas o olhar só muda quando você começa a investir naquilo que não tem preço: o seu autoconhecimento.

A beleza da mente que se cuida

A verdadeira beleza surge quando o autocuidado deixa de ser performance e se torna propósito.

Quando o livro substitui o impulso da compra.

Quando a terapia ocupa o lugar da comparação.

E quando o descanso vale mais do que o consumo.

Investir em si mesma é o maior ato de amor que uma mulher pode realizar.

E o mais bonito é que esse investimento não vence, não acaba, e não precisa de reposição mensal — porque o retorno vem em forma de clareza, paz e poder pessoal.

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